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Quem sou eu
- Valeria
- Sou Valéria Cristina. Tenho licenciatura em Ciências Sociais - Sociologia. Extensão em Mídias na Educação - UFRJ Também sou O.T. (Orientadora Tecnológica).
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O mito Mandela e os 20 anos do fim do Apartheid
23/02/10
Líder da luta Antiapartheid celebra 20 anos de liberdade
Nelson Mandela tem 91 anos de idade – 27 corridos em prisão. No último dia 11 de fevereiro, o líder político celebrou 20 anos de libertação no Parlamento da Cidade do Cabo. Os sul-africanos comemoram o episódio, considerado um marco do fim do regime de segregação entre negros e brancos imposto pela minoria branca. Desde que o CNA, partido político liderado por Mandela e com o qual se tornou o primeiro presidente negro da História do país, assumiu o poder, a África do Sul obteve grandes avanços nas áreas de habitação, energia elétrica, saneamento básico e viu o surgimento de uma classe média negra. Mas dados oficiais indicam que o desemprego está em quase 25% e a criminalidade é alta no país. Sede da Copa do Mundo de 2010, a maior potência econômica do continente africano volta a atrair os olhares da comunidade internacional.
O Apartheid acentuou uma história de lutas e resistência contra a minoria branca, o que resultou em massacres e na prisão de vários líderes negros. Mandela foi condenado à prisão perpétua em 1964, acusado de planejar a derrubada do governo com uma campanha de violência. Ele cumpriu a maior parte da sentença em uma prisão em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, e depois no Presídio de Pollsmoor. O fim do Apartheid foi um evento tão importante na segunda metade do século 20 quanto a queda do Muro de Berlim e o colapso dos regimes comunistas no Leste Europeu e na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Segundo pesquisadores, a prática da segregação na África do Sul vem desde o período colonial. Os africâners (ou bôeres), descendentes de holandeses, e os ingleses chegaram por lá no século 17. Dois séculos depois, surgiram as primeiras regras que restringiam o direito de ir e vir dos negros em colônias britânicas.
O fim...
A queda do Apartheid começou no governo do Presidente De Klerk , com a criação de um fórum multirracial, a Convenção da África do Sul Democrática (Codesa), e a convocação de um referendo para aprovar uma nova Constituição. A Carta Provisória, aprovada em 1993, revogou completamente as leis racistas.
Nesse mesmo ano, pelos esforços para derrubar o regime racista, De Klerk, o último presidente branco do país, um africâner oriundo das classes mais tradicionais, e Nelson Mandela dividiram o prêmio Nobel da Paz.
O passo seguinte foi a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais em 1994. Mandela foi eleito presidente. A sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na África do Sul. Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi realização da Copa do Mundo de Rúgbi, em 1995. E qual a importância do evento? O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros por representar o governo dos brancos.
Para acompanhar o tema, assista a “Invictus”. O filme dirigido por Clint Eastwood, em cartaz nos cinemas, narra a história de Nelson Mandela à frente da presidência da África do Sul tentando combater o racismo a partir do Rúgbi. O filme traz Morgan Freeman como Mandela e Matt Damon como Francois Pienaar, capitão da seleção de Rúgbi da África do Sul que se sagrou campeã da Copa do Mundo de 1995.
Mandela deixou a Presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para arrecadar fundos para diminuir os casos de Aids na África do Sul. O país possui a maior quantidade de portadores de HIV no mundo: 5,7 milhões de pessoas.
Jogos
Por conta da legislação racista, a África do Sul sofreu sanções políticas e embargos comerciais de países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O país, por exemplo, foi banido dos Jogos Olímpicos durante 21 anos, por determinação do Comitê Olímpico Internacional.
Em 2010, pela primeira vez na história, um país africano sediará uma Copa do Mundo de futebol. Neste ano, a Copa será realizada na África do Sul, entre os dias 11 de junho e 11 de julho. Diferentemente do que acontece normalmente, a iniciativa privada bancou apenas 20% do investimento, cabendo ao governo arcar com a maior parte. A um custo de US$ 1,1, bilhão, cinco estádios foram construídos e outros cinco passaram por reformas.
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/atualidades-00.asp
23/02/10
Líder da luta Antiapartheid celebra 20 anos de liberdade
Nelson Mandela tem 91 anos de idade – 27 corridos em prisão. No último dia 11 de fevereiro, o líder político celebrou 20 anos de libertação no Parlamento da Cidade do Cabo. Os sul-africanos comemoram o episódio, considerado um marco do fim do regime de segregação entre negros e brancos imposto pela minoria branca. Desde que o CNA, partido político liderado por Mandela e com o qual se tornou o primeiro presidente negro da História do país, assumiu o poder, a África do Sul obteve grandes avanços nas áreas de habitação, energia elétrica, saneamento básico e viu o surgimento de uma classe média negra. Mas dados oficiais indicam que o desemprego está em quase 25% e a criminalidade é alta no país. Sede da Copa do Mundo de 2010, a maior potência econômica do continente africano volta a atrair os olhares da comunidade internacional.
O Apartheid acentuou uma história de lutas e resistência contra a minoria branca, o que resultou em massacres e na prisão de vários líderes negros. Mandela foi condenado à prisão perpétua em 1964, acusado de planejar a derrubada do governo com uma campanha de violência. Ele cumpriu a maior parte da sentença em uma prisão em Robben Island, na costa da Cidade do Cabo, e depois no Presídio de Pollsmoor. O fim do Apartheid foi um evento tão importante na segunda metade do século 20 quanto a queda do Muro de Berlim e o colapso dos regimes comunistas no Leste Europeu e na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Segundo pesquisadores, a prática da segregação na África do Sul vem desde o período colonial. Os africâners (ou bôeres), descendentes de holandeses, e os ingleses chegaram por lá no século 17. Dois séculos depois, surgiram as primeiras regras que restringiam o direito de ir e vir dos negros em colônias britânicas.
O fim...
A queda do Apartheid começou no governo do Presidente De Klerk , com a criação de um fórum multirracial, a Convenção da África do Sul Democrática (Codesa), e a convocação de um referendo para aprovar uma nova Constituição. A Carta Provisória, aprovada em 1993, revogou completamente as leis racistas.
Nesse mesmo ano, pelos esforços para derrubar o regime racista, De Klerk, o último presidente branco do país, um africâner oriundo das classes mais tradicionais, e Nelson Mandela dividiram o prêmio Nobel da Paz.
O passo seguinte foi a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais em 1994. Mandela foi eleito presidente. A sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na África do Sul. Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi realização da Copa do Mundo de Rúgbi, em 1995. E qual a importância do evento? O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros por representar o governo dos brancos.
Para acompanhar o tema, assista a “Invictus”. O filme dirigido por Clint Eastwood, em cartaz nos cinemas, narra a história de Nelson Mandela à frente da presidência da África do Sul tentando combater o racismo a partir do Rúgbi. O filme traz Morgan Freeman como Mandela e Matt Damon como Francois Pienaar, capitão da seleção de Rúgbi da África do Sul que se sagrou campeã da Copa do Mundo de 1995.
Mandela deixou a Presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para arrecadar fundos para diminuir os casos de Aids na África do Sul. O país possui a maior quantidade de portadores de HIV no mundo: 5,7 milhões de pessoas.
Jogos
Por conta da legislação racista, a África do Sul sofreu sanções políticas e embargos comerciais de países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O país, por exemplo, foi banido dos Jogos Olímpicos durante 21 anos, por determinação do Comitê Olímpico Internacional.
Em 2010, pela primeira vez na história, um país africano sediará uma Copa do Mundo de futebol. Neste ano, a Copa será realizada na África do Sul, entre os dias 11 de junho e 11 de julho. Diferentemente do que acontece normalmente, a iniciativa privada bancou apenas 20% do investimento, cabendo ao governo arcar com a maior parte. A um custo de US$ 1,1, bilhão, cinco estádios foram construídos e outros cinco passaram por reformas.
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/atualidades-00.asp
Filme: Um Grito de Liberdade
Nos anos 70, na África do Sul do apartheid, Donald Woods (Kevin Kline) é um jornalista branco que conhece e se torna amigo de Stephen Biko (Denzel Washington), o importante militante pelos direitos dos negros. Quando Biko é morto na prisão em 1977, Woods percebe a necessidade de divulgar a história do ativista, a perseguição que sofreu, a violência contra os negros, a crueldade do regime do apartheid. Mas ele e sua família também se tornam alvos do racismo, e precisam deixar o país às pressas.
Gênero: Drama
Tempo: 155 min.
Lançamento: 1987
Nos anos 70, na África do Sul do apartheid, Donald Woods (Kevin Kline) é um jornalista branco que conhece e se torna amigo de Stephen Biko (Denzel Washington), o importante militante pelos direitos dos negros. Quando Biko é morto na prisão em 1977, Woods percebe a necessidade de divulgar a história do ativista, a perseguição que sofreu, a violência contra os negros, a crueldade do regime do apartheid. Mas ele e sua família também se tornam alvos do racismo, e precisam deixar o país às pressas.
Gênero: Drama
Tempo: 155 min.
Lançamento: 1987
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